Monthly Archives: December 2013

2013/12/08 – Retas infinitas do Peru / Endless straights of Peru

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Km: 438     Lima – Nasca
Tempo: sol
Temperatura: min de 21 e max de 30

Saímos de Lima cedo e foi tranquilo, não pegamos trânsito algum, bem diferente de quando chegamos. A estradas continuam muito boas e muita reta, mas muita reta. Retas de perder de vista.

Quase chegando em Nasca paramos no mirante para ver as tão famosas linhas de Nasca, para falar a verdade não deu para ver muita coisa pois o mirante não é tão alto. Chegamos em Nasca e já fomos direto almoçar em um restaurante muito bom, barato e com pratos muito bem servidos, o mesmo restaurante que os nossos pais já tinham jantado quando estavam à caminho de Lima para nos encontrar.

Em seguida fomos fazer o passeio aéreo para ver as linhas de Nasca. Muito legal, impressionante como podem ter criado isso a mais de mil anos e as linhas e figuras ainda existem e tão nítidas. O ruim foi o Rafael passando mal, soltou tudo do almoço. Era um avião muito pequeno e além do balanço devido ao vento, o que ajudou a estragar o estômago do Rafael foram as manobras que eram feitas para ver as figuras. Ele suava frio e mandou tudo para fora, sorte que tinha levado seu chapéu pois o mesmo serviu bastante… Af!

Passou tanto mal que as últimas figuras nem pudemos observa-las. Ele porque estava completamente pálido, suando frio e vomitando e eu porque estava ao seu lado ajudando-o. O mais engraçado foi eu pedindo para D.Elcira pedir para o piloto “parar” o avião porque o Rafael estava muito mal. Foi um corre corre da D.Elcira tentando achar papel na bolsa para que eu pudesse ajudar o Rafael pois era eu quem estava ao seu lado no avião.

Não víamos a hora daquele avião pequeno pousar e para nossa surpresa quando pousamos observamos que estavam esperando com uma cadeira de rodas. Lá de cima o piloto avisou que tinha um rapaz passando mal… Depois que o avião pousou, o Rafael já estava melhor e a cadeira de rodas não foi necessária. Depois que tudo passou demos muita risada mas na hora foi um sufoco danado.

Aproveitamos o final da tarde para ir à uma feira local e andar pela cidade de Nasca. Acabamos comprando muitas frutas e foi só isso que jantamos. Além da cerveja que não poderia faltar… Estava uma noite muito agradável e ficamos na varanda do hotel jogando conversa fora.
Amanhã temos mais estrada.

Km : 438 Lima – Nasca
Weather : sunny
Temperature: min 21 and max 30

We left Lima early and it was quiet and no traffic, very different from when we arrived. The roads are still very good and a lot of straights… very straight. Straight until you lose sight.

Right before arriving in Nasca we stopped at the overlook to see the famous Nasca lines, to be honest we did not see much because the viewpoint is not so high. We arrived in Nasca and went straight to have lunch in a very good, cheap and well catered restaurant. It is the same restaurant that our parents had already eaten when they were on their way to Lima to meet us.

Then we went to the airplane tour to see the Nasca lines. It is impressive to imagine how they have created these things over a thousand years ago and the lines and figures are still so sharp. It was really awesome. The bad part was the Rafael fell sick with motion sickness, letting go all the lunch. It was a very small plane that shifted a lot due to wind and the maneuver all the time. All helped to ruin Rafael’s stomach. He was sweating cold and throw up. Well at least he has taken his hat because it served quite a bit… Af !

He was so sick that the last figures he could not observe them. Partially due to the fact that he was completely pale, cold sweat and vomiting and also because I was on his side helping him. The funny thing was that I’ve asked D.Elcira (Rafael’s Mom) to ask the pilot to “stop ” the plane because Rafael was very sick. It was intense moments, with D.Elcira trying to find paper in the bag so I could help Rafael as it was me who was beside him on the plane.

We couldn’t wait for that little plane to land and to our surprise when we landed we found they were waiting with a wheelchair. From above the pilot advised that he had a sick boy… After the plane landed, Rafael was already better and the wheelchair was not necessary. After all the intense moments, we had a good laugh but at the time it all happened it was a darn hard time.

We took advantage of the nice afternoon to go to a local market and walk around the city of Nasca. We ended up buying lots of fruits and that was all we dined. Beyond the beer I could not miss … It was a very enjoyable evening and we were on the balcony of the hotel goofing off.
Tomorrow we have more roads to cover.

2013/12/07 – Um dia tão esperado / A long awaited day

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Km: 396 – Tortugas (Casmas) – Lima
Tempo: sol
Temperatura: min de 21 e max de 28

Acordamos com as tartarugas já que estávamos na praia das Tortugas, sim acordamos antes mesmo do amanhecer. A praia das Tortugas é um local muito belo, praticamente só tinha nós dois de turistas, o resto só locais.
Só nos resta pegar a estrada bem cedo porque hoje temos um encontro muito especial com os nossos pais que saíram do Brasil e vieram nos encontrar no Peru.
Antes mesmo de tomar café da manhã conseguimos rodar uns 300km.

Conseguimos achar um local um pouco mais decente para tomar café da manhã quando estávamos a uns 80km de Lima. Nossa, como o Peru é fraco para essas coisas, você tem que fazer um esforço danado para achar o básico. Nem uma barraquinha de fruta nas infinitas retas de estrada você encontra. Também com esse areiao todo e tão seco do jeito que é… Existem lugares aqui no Peru que não caí uma gota de água à meses… É tudo muito seco, até brincamos que é tanto pó que no final do dia sai um tijolo de dentro do seu nariz… Cruzes!!!

Chegando em Lima pegamos um trânsito que demorou 1 hora e meia para fazer 20km. Um verdadeiro horror, fora os berros que tivemos que dar no trânsito, que povo mal educado, aonde tem um espaço eles se enfiam, vem para cima de você. Cansamos de bater com a mão nos espelhos dos carros, informando-os que espelho existe por uma razão. Não adianta, eles são assim e não vamos mudar o mundo. É realmente estressante dirigir no Peru, fora as buzinas… Eles buzinam por nada!!!

Após atravessar o trânsito horrível achamos o hotel que nossos pais estavam, seguimos as coordenadas do GPS e voilà, certinho.
Bom, não precisamos contar o prazer,  a alegria, a satisfação sem tamanho de poder encontrar com nossos pais aqui no Peru. Sabemos o quanto eles ficaram apreensivos desde que partimos de Toronto, coisas de pai e mãe. Quando nos vimos, nossa que alívio e a partir de agora é uma nova viagem. Vamos curtir cada segundo destes momentos únicos. Quanta saudades…

Saímos para almoçar juntos e seguimos  para fazer um tour por Lima: Bairro de Miraflores, Barranco, Chorrillos e a praia. Que lugares belos. Hoje de manhã mais uma vez entramos em Lima pela porta dos fundos, mas aí fomos conhecer a porta da frente.
Lima, uma cidade enorme com tudo que você imagina. A noite saímos para conhecer o centro histórico que é muito belo e para variar pegamos um trânsito horrível, estava acontecendo uma corrida na cidade então muitas ruas estavam fechadas. Foi sofrido voltar ao hotel devido ao trânsito.

Vamos dormir porque amanhã vamos para Nasca.

Mileage: 396 km – Tortugas (Casmas) – Lima
Weather: sunny
Temperature: min de 21 e max de 28

We woke up with the turtles before dawn. The beach of Tortugas is a very beautiful place, practically we were the only two tourists in one of few hotels.
We got on the road early because today we have a very special meeting: to meet our parents who left Brazil and came to meet us in Peru.
Before we even had breakfast we rode about 300km.

We managed to find a slightly more decent place to eat breakfast when we were about 80km from Lima. Northen Peru is weak for those things, you have to make an effort to find the darn basic. Not even a fruit stand in endless straight road you can find… The dryness and dust does not help. There are places in Peru that not a single drop of rain fell in months… It’s all very dry, we even joke that is so dusty and dry that at the end of the day you can find a brick inside your nose… Yikes!

Arriving in Lima took us 1 ½ hours to do 20km. A true horror, as we had to scream in traffic to the poorly educated people. In any space they find, they shove their car on you. We  got tired of hitting our hands in the mirrors of their cars informing them that mirror is there for a reason. It does not matter, they are like that and we will not change the world. It’s really stressful driving in Peru… They honk for nothing!

After going through the horrible traffic we found where our parents were, we followed the GPS coordinates and voila, got there just right.
Well, we don’t need not mention the pleasure, joy and satisfaction that is meeting with our parents here in Peru. We know how much they were apprehensive since we left Toronto, things of father and mother. As we saw them, they were relieved and now is the beginning of a new journey. Let’s enjoy every second of these unique moments. We will miss it…

We went out for lunch together and headed to do a tour of Lima: Miraflores, Barranco, Chorrillos districts and the beach. What a beautiful place. This morning once again we entered Lima through the back door, but we know where the front door is.
Lima is a huge city with everything you can imagine. In the evening we went to see the old town which is very beautiful and got stuck in a horrible traffic once again, a street run was going on in the city and many streets were closed. We suffered on the way back to the hotel due to traffic.

Let’s sleep because tomorrow we are heading to Nazca.

2013/12/06 – Deserto e muito lixo / Desert and lots of trash

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Km: 600 Piura – Casma (Balneario Tortuga), Peru
Tempo: sol com alguns pingos de chuva
Temperatura: min de 21 e max de 27

As 7hs estávamos de saída do hotel e com o pé na estrada. Sair de Piura foi meio complicado devido ao tráfego. É interessante como eles enfiam as motos, carros, taxi em qualquer lugar que caiba. Não existe respeito algum no trânsito em Peru, pelo menos no Norte.

Tudo muito seco na estrada, aqui não se chove, a paisagem é o deserto e com muito, mas muito vento. O trecho entre Piura e Chiclayo é uma reta de 200 km sem nada, nem uma cidade ou povoado. Somente areia, deserto, muito vento e alguns pontos com vegetação rasteira. Em relação ao vento, a moto ia de lado e o consumo piorou bastante. Fora o cansaço que é ficar lutando com o vento de lado.

Em Chiclayoe paramos para tomar café e foi uma dificuldade achar algo decente. Depois de ir em 3 lugares, achamos uma casa de café razoável. A estrada continua com muito deserto… E lixo! Incrível como eles jogam lixo nas estradas, onde você olha no deserto, sempre tem um pouco de lixo. Mas também não é para menos, o que vimos de pessoas jogando lixo pela janela dos carros…

Em Tijullo paramos para trocar dinheiro e comer. Fato interessante é que depois desta cidade existem muitas plantações, principalmente de Cana de açúcar, cebola e arroz. Tudo com irrigação, no meio do deserto.

Em relação ao trânsito, no geral os peruanos são muito abusados. Não tem paciência para esperar, se enfiam em qualquer lugar. Cansamos de gritar com eles pois eles vão entrando, não olham e ainda acham que tem a razão. Outro ponto é que a estrada é super reta, mas as vezes tem pequenas curvas ou morros. Eles não têm paciência de esperar para ultrapassar, tivemos que frear algumas vezes devido a esse abuso. Uma falta de respeito incrível no trânsito em geral.

Até agora de toda a viagem o Peru é o País mais sujo, com um povo que não tem educação alguma no trânsito, as cidades muito sujas e muita pobreza. Estamos torcendo para que o sul seja melhor. Até agora o Peru está sendo o País mais sujo que já visitamos em nossas vidas. Muito triste. Até comentamos que o Norte do Peru é um lixao a céu aberto. E tristes pois a paisagem é muito linda.

Nossa parada final foi em um balneário chamado Tortugas, que pertence a cidade de Casma. O lugar super simples e bem vazio, mas que deu para curtir o Pacifico e ver um lindo por de sol. Amanhã rumo a Lima e a encontrar com os nossos pais. Estamos anciosos para ve-los.

Mileage: 600 Piura – Casma (Balneario Tortuga), Peru
Weather : sunny with little raindrops
Temperature: min de 21 e max de 27

At 7 am we were out of the hotel and on the road . Exit Piura was kinda tricky due to traffic. It is interesting how they shove the bikes , cars , taxi anywhere it fits. There is no respect in traffic in Peru, at least in the North .

All very dry on the road as it doesn’t rain often here, the landscape is desert and lots, lots of wind. The stretch between Piura and Chiclayo is a 200 km straight with nothing, not a city or town. Only sand, desert , wind and some small shrubs. In relation to the wind, the bike was on its side and fuel consumption worsened. Also we were very tired trying to stay upright with the wind from the side .

In Chiclayoe we stopped for coffee and it was a hard to find something decent. After going in 3 places , we found a reasonable coffee house. The road continues with much desert … And trash! It is amazing how they throw garbage on the roads, where you look in the desert, there is always a little junk . But it’s not for less, we saw people throwing trash out the window of the car …

In Tijullo we stopped to change money and eat . Interesting fact is that after this city there are many crops, mainly sugar cane , onion and rice. All with irrigation in the desert .

In relation to traffic, overall Peruvians are very abused . Do not have the patience to wait , they squeeze anywhere. We were tired of yelling at them as when they enter, they do not look and feel that they still have the right of way. Another point is that the road is super straight, but sometimes it has small hills or curves. They have no patience to wait to overtake, we had to stop a few times because of this abuse. An incredible lack of respect in general.

So far the whole trip Peru is the dirtiest country with a people who do not have any education in traffic, very dirty cities and a lot of poverty. We are hoping that the South is better. So far Peru being the dirtiest country we have ever visited in our lives . Very sad. We even commented that the North of Peru is a open-air dump. It is sad as the landscape is very beautiful.

Our final stop was at a resort called Tortugas , which belongs to the city of Casma . The super simple and pretty empty place , but enjoyed the Pacific and saw a gorgeous sunsets . Tomorrow we were heading to Lima to meet with our parents . We are looking forward to seeing them

2013/12/05 – Vento e muito po / Windy and lots if dust

Partimos cedo de La Troncal pois hoje temos fronteira para cruzar.As estradas do Equador continuam boas, com alguns trechos em obras, daqui um tempo tudo estará duplicado, aí sim é moleza…

A paisagem mudou bastante, bem plano e muita, mas muita plantação de banana. Dos dois lados da pista só o que você vê é banana. Chegamos na fronteira e fomos seguindo, quando vimos já estavamos no Peru e achamos estranho demais, pois tínhamos que fazer a saída no Equador. Já no Peru nos informamos e descobrimos que tínhamos que voltar uns 6km para fazer a saída da moto do Equador. Isso mostra que a sinalização em relação a importação temporária de veículos não é lá essas coisas.O trâmite em relação a saída da moto do Equador foi demorado demais, tinha uma moça trabalhando e o resto tudo batendo papo. Tivemos que reclamar para nos darem atenção.A boa notícia é que os trâmites para saída do Equador e entrada no Peru são tudo no mesmo prédio.Maravilha, não precisamos ficar de desce e sobe na moto.

Outra demora para fazer a importação temporária da moto no Peru. Até parecia que as duas pessoas que nos atenderam não tinha experiência nenhuma… Dai-nos paciência.Depois de 2 horas em fronteira, hora de seguir viagem. Não resistimos e paramos em Sullana para água de coco e manga. Pedi uma faça emprestada e ali mesmo cortei e saboreamos a manga.Incrível como a paisagem muda deals no Peru: muto seco, poeirento e com muito vento. E com umas retas de perder de vista. Perguntamos quando choveu aqui a última vez e eles não lembram… Ou seja é seco pacas.

Chegamos em Piura durante o dia e achamos o bom hotel Sol Maria no centro. Foi o tempo de tomar banho, tirar o pós do corpo, comer algo e dormir!

Mileage: 526 km   La Troncal, Equador – Piura, Peru
Weather : Sunny and lots of heat
Temperature: min de 22 e max de 28

We left early from La Trocal as we have a border to cross today. The roads in Ecuador continue to be excellent, with some stretches under construction.  Soon it all be separated highways… And then it will be easy.

The scenery changed a lot: Flat with lots and lots of banana crops. On both sides of the road the only thing you can see is bananas. We arrived at the border and when we noticed we were already in Peruvian soil, we thought that was weird, as we needed to exit Ecuador. In the Peruvian border we asked and we learned that we had to go back 6 km to complete the bike exit from Ecuador. This shows that the signs in relation to the temporary importation of vehicles is not the greatest. The process in the Ecuadorian side to exit with the bike took forever, as only one person was working and the others were talking. We had to complain, so we could get a bit more of attention. A bit of good news is that the migration process is combined,  and you exit Ecuador and enter into Peru in the same place. Awesome, no need to get on, get off the bike.

And bit of time was spent doing the bike importation into Peru, it seemed that the 2 people who helped us didn’t know the process… Give us patience. After 2 hours doing the border procedures we could hit the road. We could not resist and stopped in Sullana to coconut water and eat mangoes.  We’ve borrowed a knife and enjoyed it right away. In Peru it is incredible how much the scenery changed,  very dry, dusty and wind. Lots of straight roads and we asked when was the last time it rained and the guy could not remember… Só it is very dry.

We arrived in Piura during daylight and found the good Sol Maria hotel in the downtown area. It was only matter having a shower to get rid of the dust, eat something and go to bed.

2013/12/04 – Viajando pelas nuvens / Traveling through the clouds

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Km: 370. Quito – La Trocal, Ecuador
Tempo: sol e nublado a tarde, um pequeno trecho com chuva bem fraca
Temperatura: min de 10 e max 28

Hoje nos despedimos de Quito, gostamos muito e com certeza voltaremos em uma próxima oportunidade. Para sair da cidade de Quito foi super tranquilo, ficamos surpresos.
As estradas do Equador são realmente ótimas e sempre com muito policiamento, hoje pegamos trechos com até 3 pistas. Fantástico!!! Depois de muitos dias pudemos rodar a 120km/h, tínhamos até esquecido como é estar em uma velocidade constante e mais alta. 🙂

Paramos para almoçar em Mocha em um restaurante de comida típica. Estava frio, aliás desde que chegamos no Equador a temperatura está mais baixa, até casaco estamos usando…
Como estava frio nada melhor do que uma sopa de galinha caipira. A sopa estava ótima e matamos a vontade de comer galinha caipira. Até brincamos que acho que a galinha deveria ter uns 15 anos pelo tamanho da coxa… Demos boas risadas. O restaurante tinha como prato principal o cui, o porquinho daqui que eles comem, mas passamos pois com certeza comeremos muito cui no Peru.

A estrada é linda de Riobamba até Palatanga pela ruta E35. Muita serra e chegamos a 3900 metros de altitude, a um certo ponto estávamos viajando pelo meio das nuvens, simplesmente fantástico.
A vegetação mudou bastante, não se vê árvores a 3900m de altitude, existe apenas uma vegetação rasteira e a um certo ponto você percorre muitos kilometros por um plato. Estava super confortável para viajar, mesmo o termômetro marcando 10 graus. Viajar com o frio é muito melhor do que com o calor.

Já estava escurecendo chegando em La Trocal, tratamos logo de achar um hotel e descansar. Não somos fãs de viajar a noite de moto, ainda mais quando não se conhece a estrada.
Descansar porque amanhã pisamos em solo Peruano.

Km: 370. Quito – La Trocal
Weather: sunny, overcast in the afternoon, light rain
Temperature: min of 10 and max of 28

We said goodbye to Quito today, we loved the city and for sure we will be back in the future. To leave Quito downtown was easy and fast, we were surprised.
The roads in Ecuador are very good and with some police check points. We got some stretches with 3 lanes. Fantastic!!! After many days we could drive at 120km/h once again.

We stopped for lunch at a restaurant in Mocha for some Ecuatorian food. It was cold , in fact since we arrived in Ecuador the temperature is lower, we are even wearing a light coat.
Because it was cold nothing better than a country chicken soup. The soup was great, we were joking about the chicken that looks like it had 15 years.
The traditional food that they have is the “cui” – a guinea pig.

The road from Riobamba to Palatanga by ruta E35 is beautiful. Lots of hills and got up to 3900 meters, at a certain point we were traveling through the clouds. Fantastic.
The vegetation has changed a lot, we do not see the trees at 3900m, there is only small bushes and a certain point you ride in a plateau. It was super comfortable to ride, even with the thermometer marking 10 degrees . Traveling in cold temperatures is much better than under the heat.

It was already getting dark arriving in La Trocal , we started to look for a hotel. We are not fans of traveling at night, specially because we don’t know the road. Let’s rest because tomorrow we will step on Peruvian soil.

2013/12/03 – Centro do mundo / Middle of the World

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Km:250 Tulcan – Quito
Tempo: nublado, alguns trechos ensolarado e alguns com uma chuva bem fraca
Temperatura: min de 8 e max de 24

Acordamos cedo e saímos de Tulcan, mas antes verificamos a pressão do pneu traseiro mais uma vez para ter certeza de que não teríamos problemas…
As estradas do Equador são ótimas, coisa de 1o. Mundo quando comparamos com as estradas que passamos até agora. Alguns trechos com pista duplicada, na maioria pista simples mas em ótimas condições e até agora todas elas pedagiadas. Moto paga, mas é barato, apenas 20 centavos de dolar americano. E a gasolina então… Muito barato!!!! Um galão custa 2 dólares, Rafael até pensou em encher umas garrafas plásticas para quando a gasolina ficar mais caro… Era só o que faltava… Já imaginou nos carregando gasolina extra na moto??? Coisa de mão de vaca, digo, Rafael. 🙂
Todas as estradas muito bem policiadas e o povo respeita muito mais, respeitam velocidade, respeitam quando atravessa povoado…
Ahhh, e o povo Equatoriano é muito acolhedor, todos eles se aproximam para conversar e sempre oferecem ajuda.

Estávamos bem perto para chegar a Metade do Mundo quando novamente sentimos a moto balançar a traseira. Adivinha só, o pneu estava murchando mais uma vez. Pela terceira vez temos que parar e arrumar sempre o mesmo furo!!! Achamos uma borracharia e mais uma vez o borracheiro colocou o tal do macarrão para consertar, mas logo vimos que isso não ia aguentar por muito tempo.

No caminho para Metade do Mundo estávamos de olho em algum lugar que pudesse fazer um serviço decente e definitivo. A solução seria desmontar a roda e colocar um patch por dentro do pneu. Achamos um lugar que até então nos pareceu que ia resolver o problema. Tudo estava indo ótimo até quando o rapaz riscou a roda quando encaixando o pneu. Rafa ficou doido, espumava de raiva e logo começou a reclamar do serviço. Ele falou um monte para o rapaz que ficou até sem reação. Infelizmente acho que o rapaz queria fazer o serviço correndo e não tomou cuidado algum. Resultado, a roda ficou tão riscada que o Rafael fez o rapaz lixar o alumínio da roda para melhorar um pouco.

Fazer o quê, o problema já estava feito e não adiantava reclamar. Pneu consertado, hora de conferir se o problema foi realmente resolvido. E não é que ainda estava vazando pressão? Bem pouco mas estava. Não deu outra, aí que o Rafael ficou mais doido de raiva ainda. Enfim, pagamos e demos o fora, de nada ia adiantar reclamar mais e fazer o rapaz refazer o serviço, capaz de riscar ainda mais a roda… Seguimos em frente e até consertar isso de vez teremos que checar a pressão todos os dias.

Passado o stress do pneu chegamos na Metade do Mundo. Para falar a verdade não é a metade do mundo, conferimos com o GPS e o mesmo mostra que a metade do mundo seria uns 300 metros ao norte. Mas valeu, naquela época não tinha GPS então… Vamos dar um desconto. 🙂
Conhecemos toda a área do marco da metade do mundo e seguimos para Quito, direção: Restaurante Ecuaviche indicado por minhas queridas amigas equatorianas Cintia e Lilian.

Cintia e Lilian: não temos como agradecer pela indicação, simplesmente maravilhoso! Rafael matou a vontade comendo ceviche e eu comi camarão que estava saboroso demais. A todos que um dia visitarem Quito não deixe de comer no Ecuaviche, comida de qualidade!
O nosso muito obrigado a minhas queridas amigas por todas as indicações.

Visitamos o centro histórico de Quito que é muito legal, as igrejas são lindíssimas. Até missa assistimos na Igreja de São Francisco Xavier afinal de contas só temos a agradecer!!!

Km: 250 Tulcan – Quito
Weather: cloudy, sometimes sunny and some very light rain
Temperature: min of 8 and max of 24

We left Tulcan early but before we checked the rear tire pressure once more to make sure that we would not have problems…
The roads in Ecuador are great with some doubled stretches, mostly single lane but in great condition and so far all of them tolled. They charge motorcycle but it is very cheap, only 20 US cents. How about the gasoline… Very cheap!! A gallon costs $2, Rafael thought of filling up a plastic bottle for when the gas gets more expensive… Can you imagine us doing it? Just silly. This is cheapskate thing, I mean Rafael thing. 🙂

All roads are very well policed ​​and the drivers respect the speed limit as well when passing through small cities. Also the Ecuadorian people are very welcoming, they all approach to talk and always offer help.

We were close enough to reach Half of the World when once again we feel the rear tire acting weird. Guess what, again a flat tire and for the third time we have to fix the same hole! We found a tire repair shop and the guy fixed it but we did not believe it was going to last.
On the way to Half of the World we were looking for a tire shop that could do a decent and permanent job. The solution would be to remove the wheel and put a patch inside the tire. We found a place that until then seemed to us that would solve the problem. Everything was going great until when the guy scratched the wheel very badly when fitting the tire. Rafael went crazy, he was really mad and soon began to complain about the job. He complaint a lot to the guy who seems not worried at all. Unfortunately we think the guy wanted to finish the job very fast and was careless. As a result the wheel was badly scratched that Rafael asked the guy to sand the aluminum wheel to improve a bit.
Well, we cannot do anything more and keep on complaining was not going to resolve anything.
Tire repaired, time to check if the problem was really solved. We could not believe when we saw that it was still leaking some pressure, very little but it was. Rafael got even crazier and anger. Anyway, we paid and left, it was useless to complain more and the last thing that we want is that the same guy touch the shell again, he could cause a bigger problem. Let’s move on and for now we will have to keep on checking the pressure every day.

After the stress with the tire we arrived in Half the World. To speak the truth is not half the world, we checked with GPS and it shows that half the world would be about 300 meters north. Fine, at that time GPS did not exist then … Let’s ignore it and enjoy. 🙂
We visited all the Half the world area and went to Quito, direction: Restaurant Ecuaviche indicated by my dear Ecuadorian friends Cintia and Lilian.

Cintia and Lilian: We can not thank you enough for your help, it was amazing! Rafael fulfill his desire to eat ceviche and I had shrimp that was so tasty. To all of you, if one day you visit Quito please be sure to go to Ecuaviche restaurant.
Our many thanks to my dear friends for all indications.

We visited Quito’s historic center which is very beautiful, all churches are so gorgeous. We even watched a mass at Saint Francisco Xavier church after all we only have to thank!

2013/12/02 – Adeus Colombia – Olá Equador / Goodbye Colombia – Hello Ecuador

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Km: 280 Patia (El Bordo), Colombia – Tulcan, Equador
Tempo: nublado de manhã, sol e alguns trechos com chuva a tarde
Temperatura: min de 13 e max de 27

Saímos cedo de El Bordo e só paramos para tomar café da manhã em Pastos, depois de uns 160km rodados.
Hoje passamos por um trecho da Panamericana, entre El Bordo e Pastos que podemos afirmar que foi uma das estradas mais lindas que já passamos em nossas vidas e olha que já temos alguns kilometros rodados… Muito lindo mesmo, nao cansavamos de admirar a paisagem. Uma serra maravilhosa, belíssimas paisagens. Até agora de todos os lugares que passamos desde Toronto este foi o trecho mais bonito.

Quando você fala de Panamericana como você imagina a estrada? Nós imaginávamos uma estrada bem sinalizada com trechos duplicados devido ao movimento. Engano nosso, só conhecendo mesmo para saber. A Panamericana é uma estrada de pista simples, com alguns trechos bem precários, obras intermináveis, alguns trechos sem sinalização alguma e alguns em bom estado de conservação. Não é uma estrada que você possa andar a uma velocidade constant. Sempre tem de estar de olho em animais ou pessoas que podem cruzar a pista. Enfim, não rende…

Após Pastos seguimos em direção a Ipiales para visitar a Virgem de Las Lajes, uma igreja que foi construída na rocha e muito importante para o povo Colombiano. Muito bonita!

Hoje também paramos para verificar o Cardan, Rafael estava encucado com o fato do que aconteceu ontem (da moto não ter forca). Talvez seja pelo fato de falta de graxa, pegamos tanta chuva que talvez tenha lavado toda a graxa. Mais uma vez fomos o centro de atenção do lugar, teve um momento que tinha uns 6 homens em volta de nós e da moto. Praticamente o Rafael que fez tudo, ele que desmontou e montou tudo e o rapaz só colocou a graxa.

Seguimos viagem em direção a fronteira Colombia – Equador. Que diferença de todas as fronteiras que já passamos, bem organizado, não tem aquela gente colando oferecendo serviços.
Fizemos a saída da Colômbia o que foi super rápido, hora de fazer a entrada no Equador. Também foi super tranquilo, bem organizado. Na fronteira encontramos com 2 rapazes (um deles Canadense de Alberta e o outro Israelense) também viajando de moto, desde o Alaska e vão seguir até o Ushuaia. Trocamos algumas experiências e seguiram viajem.
Tudo certo na fronteira do Equador, hora de seguir viagem. Rodamos poucos metros e sentimos o pneu esquisito. Paramos para verificar e adivinha… Estava furado!
Fomos atrás de borracharia para consertar e descobrimos que estava furado no mesmo lugar que já tínhamos consertado na Guatemala. O rapaz da borracharia tentou arrumar, mas mesmo assim estava vazando ar. Rodamos a cidade de Tulcan atrás de uma borracharia que arrumasse pneu sem câmara, acabou ficando tarde demais e não vamos pegar a estrada a noite. Só nos resta dormir por aqui.

Km : 280 Patia (El Bordo), Colombia – Tulcan, Ecuador
Weather : Cloudy in the morning, sunny and very light rain in the afternoon
Temperature : min of 13 and max of 27

We left early from El Bordo and stopped after 160km to have our breakfast in Pastos.
Today we went through a stretch of the Pan American, between El Bordo and Pasts that we can say it is one of the most beautiful roads we have ever drive in our lives. Very gorgeous road, we could not stop to admire the scenery. Beautiful mountains, gorgeous landscapes. Since we started our trip in Toronto it was the most beautiful stretch.

When you talk about Pan American highway, how do you imagine it? We imagined a busy highway very well maintained but we were wrong. The Pan American highway is a single lane with some very precarious stretches, constructions everywhere, poor signaling and few stretches in good condition. There are mens working to improve the highway but it is very slow, looks like it will take years and years to fix everything. Pan American is not a highway that you can drive in a constant speed. You have to watch for animals and people that can cross the highway at anytime.

After Pastos we went towards Ipiales to visit the Virgin of Las Lajes , a church that was built on the rock and very important for the Colombian people. Very beautiful !

Today we also had to stop to check the shaft, Rafael was worried with the fact of what happened yesterday (the bike lost power) . It could be because of lack of grease , we got so much rain that may have washed the grease. Again we were the center of attention, there was a moment that I counted 6 men around us and the bike. Rafael did everything, he dismounted and mounted everything and the guy just put the grease.

We continue our journey towards Colombia border and Ecuador. What a difference from all the boundaries that we have passed, this one was well organized and did not have the folks running after you to sell their services.
It was fast to exit from Colombia, all paperwork was easy and fast. Time to do our entry into Ecuador which was also fast and well organized. At the border crossing we met 2 guys (one Canadian from Alberta and the other Israeli) also traveling by motorcycle from Alaska to Ushuaia. We exchanged some experiences and let’s keep on going.
After we left Ecuador border we drove few kilometers and felt something odd with the tire. We stopped to check and guess what… Flat tire!

We went to repair it and found that the problem was exactly on the same spot as we fixed in Guatemala. The guy from the tire shop tried to fix it but it was still leaking air.
We ran Tulcan city after a tire shop that can fix tubeless tire, it ended up too late and we don’t want to hit the road at night. Better to sleep here.

2013/12/01 – O medo toma conta de nós

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Km: 358 Gigante – San Agustín – Patia (El Bordo)
Tempo: Nublado e muita, mas muita chuva pela tarde
Temperatura: min de 12 e max de 28

Acordamos cedo e partimos de Gigante. Seguimos em direção a San Agustín para visitar a aérea arqueológicas. Muito legal, o parque muito bem organizado, limpo, sinalizado e o primeiro parque que visitamos que oferece serviço de guarda-volumes. Fantástico!!!
Todo o parque muito legal, uma linda vista de um mirante, valeu a pena o esforço da subida.

Saímos de San Agustín e seguimos em direção a Popayan, pensávamos que seria uma estrada como outra qualquer, engano nosso e aí que começa a história. Lembre-se que estas são as nossas opiniões e experiências pessoais. O mais interessante é que perguntamos sobre as condições da estrada para várias pessoas, inclusive alguns policiais e todos disseram que estava boa. Além do que olhando no mapa esta é uma estrada principal e a única que liga as cidades de San Agustín e Popayan.

Estava indo tudo bem até quando o asfalto simplesmente acabou, pensamos que apenas seria um pedaço em manutenção (bem comum nas estradas da Colômbia). Que engano, a estrada só começou a piorar cada vez mais e para ajudar muita chuva caindo. Aquele pedaço de estrada sem asfalto que nos achávamos que já ia terminar nunca terminava e para piorar ainda mais o trânsito diminuiu bastante. Continuamos pois não tínhamos outra opção, debaixo de chuva forte, estrada ruim demais, com muita curva, no meio da mata e deserta.
Não vamos mentir que o medo bateu forte, todos nós sabemos de muitas histórias da Colômbia, suas guerrilhas e tudo mais. Muita coisa passou por nossas cabeças, ainda mais que já tínhamos lido um livro de um rapaz que viajou pela Colombia de moto (uns 10 anos atrás) e infelizmente sua história não foi feliz, o sequestraram, enfim, um horror.
Toda a situação que estávamos vivendo nos fez com que ficássemos muito apreensivos: a estrada estava ruim demais, simplesmente não tinha asfalto algum, o trânsito diminuiu e muito, aquela chuva horrível, muitas curvas, subimos a uns 3400 metros de altitude, só floresta em volta… Sinceramente quase tivemos um treco de tanto medo, não dá nem para descrever, só quando se passa por isso que entende. A estrada era muito bonita, mas quem disse que conseguimos curtir isso, o medo falava mais alto.

Até que encontramos com caminhões naquela estrada horrorosa, contando ninguém acredita que naquela estrada passa caminhão e dos grandes! Mais para frente encontramos com um ônibus de linha, foi quando o Rafael simplesmente colou no ônibus e fomos juntos. Sabemos que isso não é segurança nenhuma, mas pelo menos esta foi a forma um pouco mais confortavel que achamos de rodar todos aqueles kilometros daquela estrada horrível. E assim foram os inesquecíveis 100 km rodados em 3 horas, uma eternidade. Em poucos metros de estrada o asfalto aparecia então sempre tínhamos a impressão de que a estrada ia melhorar, mas era puro engano.

E para piorar a situação ainda mais depois que passamos um povoado muito pequeno, o ônibus que estávamos seguindo colado parou, a partir desse ponto estávamos sozinhos. E não é que depois de uns kilometros do povoado a moto reage esquisito demais, parece que não tinha mais forca para subir. Rafael para e eu desço para conferir se não era o pneu furado, aí Rafa desce, colocamos a moto no cavalete central e Rafa verifica se não é diferencial ou outro problema do gênero. Não achamos nada de errado. Não temos saída, essa moto tem que ter força para sair daquela estrada. Nessa hora meu coração quase sai pela boca de tanto nervoso. Subimos na moto e lá vamos nós. Começamos a descer a serra em uma estrada com muito barro, até caminhão atolado tinha… E chamam isso de estrada!

Enfim, não achamos nada de errado com a moto e depois que começamos a descer a serra ela não apresenta mais o mesmo sintoma. Ficamos pensando o que seria??? A única hipótese seria em relação a altitude… Será que a moto perderia a força por causa da altitude??? Incógnita.

Mas é claro que para completar o dia com chave de ouro algo mais deveria acontecer. As estradas estão cheias de obras, existem muitos trechos aonde apenas passa 1 carro por vez. Em uma dessas paradas o guidao da moto mexeu e não é que o Rafael se desequilibrou e a moto deitou. Óbvio que não é possível segurar essa moto. Não sei como eu consegui sair da moto o mais rápido possível antes que ela deitasse de vez no chão e então ajudei o Rafael a erguer a moto. Tem coisas que acontecem que não sabemos de onde tiramos forças. A moto só deitou e o protetor de motor protegeu bem, fez apenas um arranhão no mesmo.

Depois dos acontecimentos de hoje tenho certeza de que nossos corações estão fortes… Que pavor!!!
Foi um alívio quando aquela estrada acabou e chegamos na cidade de Popayan. Depois que tudo passou demos boas risadas, esse dia ficará na lembrança para sempre!

Sabemos que a Colombia melhorou muito e que todas estas histórias de horror que ouvimos são coisas do passado. Viajando por aqui vemos como a presença do exército é forte em todos os lugares e nos sentimos seguros. Mas infelizmente ainda existem casos de guerrilha, drogas… Inclusive em dos postos de gasolina que paramos um senhor não nos aconselhou a pegar uma das estradas por problemas de drogas, guerrilhas etc… Inclusive eles sempre falam: não viaje a noite…
A Colombia melhorou muito e vai melhorar cada vez mais, temos certeza disso.

Chegamos em El Bordo já quase noite a única preocupação é achar qualquer hotel. E assim foi feito: sem água quente no chuveiro mais uma vez. Mas desta vez a mulher me disse que todo o povoado não tem água quente porque aqui faz muito calor… Af! Ninguém merece… 🙁

Agora só nos resta dormir porque amanhã pisamos em solo equatoriano.

2013/11/30 – Curvas e mais curvas / Turns and more turns

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Km: 479. Zipaquira – Bogotá – Gigante, Colombia
Tempo: frio, nublado pela manhã, a tarde um calor insuportável
Temperatura: min de 13 e max de 36

Saímos cedo de Zipaquira e fomos a Nemocon para visitar mais uma catedral de sal mas infelizmente a mesma só abre para visitação as 9:00 da manhã o que para nós seria tarde demais.
Resolvemos dar meia volta e seguir viagem. As estradas que pegamos até agora na Colombia são ótimas, o asfalto novinho com bastante policiamento e exército. Até agora não temos do que reclamar.

Tivemos que passar por Bogotá pois era caminho e continuamos em direção a Girardo. A estrada muito bonita com muitas curvas e muitos restaurantes. A nossa moto nunca tinha rodado em tanta curva. Próximo a La Mesa tem tantos restaurantes na beira da estrada que não resistimos e resolvemos parar. Muito boa a comida colombiana, experimentamos a vara e arepa, até engraçado o nome… Demos risada. Vara é uma linguiça típica colombiana e arepa é como uma massa de batata grelhada com queijo dentro. Muito bom!

Depois de La Mesa descemos por volta de uns 2200 metros e o calor apertou. O termômetro bateu 36 graus, tivemos que parar e tirar todo o forro da roupa de moto, estava de derreter! Incrível como em questão de poucos kilometros a temperatura muda muito.

Até Neiva tudo plano com a Cordilheira sempre em volta. A serra começa novamente após Neiva, com a estrada boa e paisagens muito bonitas. Como já estava quase escurecendo, estávamos de olho em hotel pois a última coisa que queremos é pegar esta serra a noite. Por sorte achamos um hotel (Villa Claudia) muito legal na beira da estrada uns 80km após Noiva, próximo a cidade Gigante (que de gigante não tem nada…) e não hesitamos. Vamos descansar o esqueleto por aqui mesmo.

Km: 479. Zipaquira – Bogotá – Gigante
Weather: cold, overcast in the morning and very hot and humid in the afternoon
Temperature: min of 13 and max of 36

We left Zipaquira early and went towards Nemocon in order to visit another salt cathedral but unfortunately we could not visit because it open only at 9:00am and this is too late for us. We have to hit the road… All the roads that we took so far in Colombia are good, new ashfalt with lots of police and army. So far nothing to complain.

We had to pass through Bogota because it was on the way to Giriardo. The road is very beautiful with lots of turns and restaurants. Our bike never experienced specialists many turns before.
There are lots of restaurants on the road close to La Mesa, we could not resist and had to stop to have a lunch. The colombian food is very good, we tried “vara and arepa”. Vara is kind of colombian sausage and arepa is kind of grilled potato and cheese.

After we passed La Mesa we started to descend around 2200 meters and the heat was intense. It was showing 36 degrees, we had to stop immediately to remove the inner part from our motorcycle gear. It was extremely hot!
Until Neiva city it was very flat but the mountains always around. The hill begin after Neiva, beautiful scenery and the road condition is good. We were already looking for hotels because it was getting dark and we don’t want to ride at night. We found a hotel (Villa Claudia) close to the city called Gigante and we could not think twice. We will rest because we have more tomorrow.